segunda-feira, 29 de abril de 2013

vou me voltar a conversar

terça-feira, 2 de agosto de 2011

chuva que guarda

O amarelo que romantiza a chuva mesclado com o verde que ilumina a figueira histórica colore o centro da cidade. Tudo está chuvoso, úmido e com aparência triste. Aparência, pois por trás da melancolia da chuva e do blues fica a beleza das cores e dos amores escondidos ali, para todos os olhos que conseguirem sentir. Surge uma certa nostalgia de algo bem próximo que exige comparações banais.
Nostalgia essa, que trouxe à memória lugares e pessoas já quase esquecidas. A memória é algo tão seletivo e triste de certa forma, já que pessoas, lugares e situações muy queridas vão ficando para trás aos poucos. Enquanto isso, outras coisas vem surgindo e ocupando esses lugarzinhos no cérebro e no coração da gente.
Fica sempre esse desejo de que as coisas serão eternas mesmo que acabem, só que a eternidade de um sentimento exige que ele, pelo menos, seja lembrado de vez em quando. Sinto saudades de alguéns que sei que já "cresceram" atrás de objetivos distantes dos meus e sei que provavelmente não voltem mais - ou não da mesma forma. Sinto saudades até de alguéns que já vão estar de volta. E sinto saudades de um alguém, também. Acho que fotos servem pra que esse sentimento continue existindo.
Coração que sente demais o tempo todo todo e essa cabeça que não para de girar.





A fragmentação das minhas palavras pode ser pelo vinho e pela música ruim que ta tocando, boa noite Florianópolis.

federalmente catarina

Reuniões e discussões de algum movimento coletivo estudantil pensante acompanham descobertas e fazem a cabeça perguntar. Questionamentos que ficam martelando na cuca perante a tanto esforço frustrante de seres que (estão em treinamento para) futuramente - ou não - políticos partidários de uma / para uma "nova ordem".
Confuso demais. Ainda não consegui direito.. E essa é a imagem deles que ficou pra mim.

Espero que os planos que tenho em mente se tornem reais e que eu conquiste meu espaço dentro dessa confusão. Tomara.

terça-feira, 26 de julho de 2011

simplesmente

Pinto com cores as caras antes apagadas que ainda estão aqui. Já passado o tempo em que acreditava na existência de máscaras, noto que o maior borrão cinzento foi meu.
Banal tentativa de um esquecimento - por sabe-se lá quais motivos - que não funcionou, entretanto permitiu visão e atitude para se poder retornar às raízes - com direito a tudo e todos que existe de mais lindo aqui.

Frases de efeito em papos entorpecentes(cidos) com alguém à parte da realidade atual podem servir para mudar, ou entender. Ou entender para mudar.



("Sabe quando tu ta pensando muito muito em uma coisa e aparece alguém estranho que te diz alguma coisa e tu pensa: é isso!!! É como se brilhasse uma luzinha boa é como se - literalmente - a ficha caísse.")

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

54?

As caras, os telefones e os nomes são os mesmos; as pessoas é que já não são mais. Me incluo.
Tudo e todos me remetem a dias que acabaram.


Acabaram e não voltam mais.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

à parte do todo.

Estou eu cruzando o Parcão, hoje, vindo pra casa, caminhando e cantando e seguindo a canção quando, do nada, um senhor barrigudo de uns 60 e poucos anos, passeando com sua cadelinha, me para e diz:
- Oi moça bonita! Toma, umas flores pra ti!
Me assusto a príncipio.
Depois, sorrio, agradeço e sigo.
Flores roxas, bonitas. Cena singela, emocionante.

Agora, a cor roxa de cinco pétalas no copo d'água colore meu ambiente com o que ainda resta de simplicidade no mundo.
Murchando - ambas - mas está aí, ainda.



Todo o ano eu fico triste e quero que o horário de verão não seja só do verão.
Vou dormir nesse sábado quente, depois de umas cervejas refrescantes, já que a noite de sexta foi de alta kilometragem e minhas pernas estão cansadas.
Boa noite.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

reticências

Por tantas vezes, a melhor coisa é realmente não entender o que se passa. Quando se entende, tudo fica sem graça e banal. Não digo o “não entender” na sua forma ignorante. Desejo ter tamanha inteligente a ponto de optar por não querer entender. O entendimento mostra verdades desnecessárias – algumas vezes. O não entendimento ilude, fantasia, sonha e ama.
Então, melhor não pensar. O “melhor” é essa angústia da espera. E é tão bom!
(Oração ao tempo.mp3)

Boa quinta feira feliz, sempre. :))

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

omAr.

A estabilidade de um coração instável atrai palavras queridas de outrora. A aceitação do conforto assusta o - aparentemente - já acostumado com isso. Em contraponto, sinto saudades.
Uma coisa que deixa a cabeça tonta, cheia de interrogações estranhas. Algumas palavras conhecidas, outras nem tanto.

Confuso, eu sei, também acho. Só sinto, e sinto muito.



Tchau, fui ver o mar.
(omar) (romã) (amor).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

boas lonjuras, Alice.

Complicações. Um canto não completamente teu, uma divisão não completamente dividida. Insegurança real de algo que não te pertence como deveria. Uma continuação de algo aparentemente acabado. Entretanto, com muitas falhas. Mudanças virão – falo por mim.

Boa madrugada.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

então.

“A mente ociosa é o jardim do diabo”, como diz Luís Fernando Veríssimo. E faltam opções em Caxias do Sul para se ocupar o tempo ocioso. Com isso e com essa chuvinha diária, penso eu que se nessas férias eu não chegar a esse tal jardim, não chego mais nessa vida.
Entretanto, estou sabendo lidar com isso, e está bom.

Ótimo final de semana.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

03:50 AM

Madrugada que tanto me acompanha. Intensifica tudo. Aflora sentimentos e visões estranhas - ou nem tanto. A calmaria das horas escuras do dia me leva além. Vou de cá pra lá e de lá pra acolá. Fotos e momentos que meu corpo, além de minha mente, gostariam de estar. Cabeça com mil coisas, gestos e sugestões.
Madrugada de latidos, barulhos e olhares.
De música, vozes e tons.
De filmes, medos e lágrimas.
Madrugada de letras, pontos e palavras.
Sorrisos, Quintanas e Pessoas.
Madrugada de mim, comigo. E só.
Boa noite, noite de hoje; bom dia, dia de hoje.

___


Combinar alguma coisa com alguéns pode ser muito difícil. Opiniões demais atrapalham uma - nem tão certa - certeza. Porém, tudo vai dar certo no final.
Fiquem bem.

o futuro de um passado bem presente.

Me sinto em casa dentro de casa, já não me sinto tão livre fora de casa, me perdi completamente quando te perdi por aqui.
Hoje eu vejo que me encontrei por tê-los encontrado lá.
Meus amigos, meus amores e meus caminhos. Meus, livre para dizer “meus”. Sem perguntas, opiniões ou reclamações, sem dúvidas.
Singelos e medrosos passos que só seguiram um desejo; em tão pouco tempo trilharam um caminho com pessoas eternas em lugares mágicos. Meu chão ainda é aqui, meu refúgio físico e espiritual. Meus maiores amores. E não deixará de ser. Entretanto, aqui já não é como um dia foi. O deslumbramento vivido fez com que alguns e alguéns ficassem na lembrança, e que boas lembranças tenho eu. Sem mágoas e nem arrependimentos. Apenas uma liberdade que trouxe a mudança que veio para o bem. Um bem que espero que dure.
E durará.
Um ano maravilhoso que se foi.
Um ano maravilhoso que virá.

"Cruzo a última cancela
Do campo pro corredor
E sinto um perfume de flor
Que brotou na primavera.
À noite, linda que era,
Banhada pelo luar
Tive ganas de chorar
Ao ver meu rancho tapera


Como é linda a liberdade
Sobre o lombo do cavalo
E ouvir o canto do galo
Anunciando a madrugada
Dormir na beira da estrada
Num sono largo e sereno
E ver que o mundo é pequeno
E que a vida não vale nada"

.papel Passando pro

Ano Novo. Caxias do Sul.. casaco na bolsa. Unhas pintadas, caras bonitas, roupas coloridas. Fumaça de porcodecostela assando em todos os cantos e roupas. Montar a complexa aparelhagem de som. Cantar. Escandalizar. (Sem motos, com microfones). Guido que bomba. Músicas desconhecidas causam stress geral. Megadavirada. TV. Escandalizar o óbvio. Quase, sim, quase, ano que vem tu consegue. Fome levemente saciada por petiscos desandados com poucos segundos de vida. Fotos. Rir. Encontros e desencontros de São Luís à Roberto Silveira. Chegada, enjôo, sono, dormir. Sem explicação. Jantar. Devorar. Acabar com. Jogar para acalmar lágrimas de crocodilo por que, de novo, faltou lugar. Comer os amendoins apostados. Idade que chega, dor que acompanha,dor, dor, tontura, tchau. Triste, sentir. Climalizar. Lavar, lavar, secar, sujar. Cansar, dormir, embora? Não. Aniversário. Meia vela com um palito e um zero. Doce. Salgado. Frango? Queijo. Açúcar. Morango. Morango. Comer, comer, beber. Gelo, bom. Chega, enfim, a flauta não-amarela, falta corda de um violão gatinho manhoso. Triste, culpa. Oi?
Meia Noite? Fogos? É. Caxias. Vencimento. Estouros. Barulhos. Nem tanto. Taças. Taças? Álcool e sem. Rosémoscatelepapapa. Forte. Fora. Planta. Outro. Outro. Esquecer a lentinha. Esquentar a lentilha. Comer a lentilha. Madeira de tempero na lentilha. Lentinha? Pé no chão da azar. Ana Maria Braga, eterno amor. Jogar. A bola cai. Corre na rua. Cuida com a Visate. Cuida. Lavar, lavar, secar, secar. Pêssegos. Convencer. Comprar. Jota Quest. Pêssegos. Embrulhar o aniversário para viagem. Embora? Não. Carona. Falta cama. Como? Onde? Acordar. Esperar. Guardar um carro que não é fácil. Difícil, difícil, muito difícil. Só um poderia. Esperar [2]. Acordar a cara cansada e alcoolizada. A carona não precisa mais. A espera em vão. O stress da espera alheia. Quem espera agüenta, quem causa a espera, não. Embrulhar o aniversário para viagem [2]. Embora [2]. Vinte pessoas, um porco, meio violão, confusões e gargalhadas.
Em suma, boa sorte, já que amanhã tem mais morangos.



Só pra quem estava presente entender.
Um ano novo em família pode ser muito muito divertido, eu garanto.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Relatando.

Música boa, pessoas legais e uma longa estrada (mil curvas) que parecia não ter fim.

A infinidade de nuvens não permite que Ele apareça. O tédio toma conta do lugar, parece que cruzar e caçar palavras é o que há de melhor pra fazer.
O vento no litoral é forte e aparentemente não vai passar tão cedo. Mas é esse mesmo vento que arrepia de frio é que leva embora a parcela de nuvens que estavam escurecendo o dia e a noite. A ostentação e os exageros da vizinhança são irracionais e intrigantes, a pequena menina daqui se surpreende. A tranqüilidade e simplicidade daqui surpreendem a pequena menina de lá. Chimarrão, passeios, queijos, barcos, luzes, pedras, verde, mar, nuvem, vento, areia.
O despertar é com o canto dos pássaros de lá e com leve calor que entra pelas frestas da janela que ainda bate com o vento forte. O horizonte daquele mar gelado combina com o céu (muito) azul. A caminhada esquenta a alma e a maresia renova o espírito. Um dia de sol demora muitas horas pra passar, a felicidade nos rostos faz as horas passarem mais devagar. Buracos e castelinhos na areia ainda existem pra elas, me divirto na umidade arenosa. O Sol queima mais do que devia. A água salgadagelada faz doer o corpo e faz viver. (As fotografias ficam na memória, apenar, já que algo importante sempre tem que ser esquecida nessas viagens)

Música boa, pessoas legais e uma longa estrada (mil curvas) que parecia não ter fim.


então,

3ª do Plural.mp3
Eu era um lobisomem juvenil.mp3
Aquellos Tiempos.mp3
Given to fly.mp3

, ficaadica.

domingo, 26 de setembro de 2010

Que sea lo que sea.

Ouço ruídos e batidas fortes pelos corredores do prédio gelado, vento frio entra pela minha janela enquanto balança as árvores da rua violentamente em frente às luzes da rua, criando reflexos sinistros nas paredes do meu quarto. O silêncio dos carros é algo que parece impossível. Chega a madrugada, o sono não vem. A pressão com os estudos (e a quantidade de provas) é grande e a preguiça de começar é maior ainda.
Depois de um final de semana tranquilo(?), musical e feliz tenho energias acumuladas pras próximas duas semanas corridas e de poucas horas de sono.


Sea - Jorge drexler

Ya estoy en la mitad de esta carretera
tantas encrucijadas quedan detrás.
Ya está en el aire girando mi moneda
y que sea lo que sea.

Todos los altibajos de la marea,
todos los sarampiones que ya pasé.
Yo llevo tu sonrisa como bandera
y que sea lo que sea.

Lo que tenga que ser, que sea.
Y lo que no por algo será.
No creo en la eternidad de las peleas,
ni en las recetas de la felicidad.  
Letra de Sea - Jorge Drexler - Sitio de letras.com

Cuando pasen recibo mis primaveras,
y la suerte este echada a descansar,
yo miraré tu foto en mi billetera,
y que sea lo que sea.

Y el que quiera creer que crea,
y el que no, su razón tendrá.
Yo suelto mi canción en la ventolera,
y que la escuche quien la quiera escuchar.

Ya esta en el aire girando mi moneda
y que sea lo que sea.

(Música boa de um cara bom, pra dormir bem. Boa noite, boa semana.)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

enfim..

Voltar para o conforto e pro ar gelado da serra é renovador.
Saudades de casa.

domingo, 29 de agosto de 2010

amoR.

Hoje fui à redenção com as brothers pra dar uma olhada no brique e dar uma ajuda na doação de cachorros do Campus do Vale. Claro que a maioria das pessoas que vão lá querem filhotes pela melhor adaptação. Mas tudo bem, acho que os adultos estão vivendo bem no Vale. (Deixemos, isso é assunto pra outro dia.)


  Uma menina que devia ter uns cinco ou seis anos.. cabelo liso e comprido com um sorriso lindo no rosto e os olhos escuros e cheios de amor. Pegou aquela cadelinha filhote, preta e gordinha no colo de uma maneira encantadora. Acariciava, balançava e cantava pra ela como se já se conhecessem há tempos. Os pais aceitaram a adoção pacificamente. A cadelinha recebeu um nome, um abraço e dormiu em poucos instantes no colo da melhor amiga que vai ter durante toda vida. Dessa forma, a família foi embora pra sua casa portando mais um integrante que, certamente, vai receber muito amor.

Meus olhos se encheram de lágrimas ao presenciar esse momento.

Demonstração total de amor, sem timidez, sem embaraços, sem finanças. Atitude essa que só poderia vir de uma criança pura e feliz, como todas são (ou deveriam ser) por natureza. Nos dias atuais tornou-se raro vermos tanto amor por outro ser. Muito mais raro quando é interespecífico.

Concluo que podemos ter esperança pro mundo quando vejo essas crianças que ainda podem amar.

sábado, 28 de agosto de 2010

02:32 AM.

Chuva que renova o corpo e a alma. Barulhinho bom. Chimarrão, música, livro, desenhos e coberta. Sem ninguém que possa fazer mal (e nem bem), sem ninguém. Só eu por eu mesma. O mundo se recolhe quando chove, a rua silencia solitária com suas luzes coloridas e eu fico aqui, cheia dos meus pensares. Sei que não posso fazer isso demais, mas de vez em quando é bom.


Carros bêbados em alta velocidade, cada um com seu destino de ir pra sei lá onde. Uma música (ruim) alta vinda de algum lugar onde, provavelmente, tem pessoas se divertindo. Alguns caminham em bando em frente ao meu prédio, ouço vozes e risadas de vez em quando. Pela minha janela, vejo mais quatro luzes acesas em outros prédios distantes do meu, cada ambiente desses com sua fantasia particular.

Sabe, talvez o meu lugar seja aqui, mesmo de vez em quando sentindo saudades da segurança confortável que eu tinha lá. Boas novas que encontrei vem me fazendo bem. Então continuo indo, entre novos amigos, novos amores, (daib)blues, Neruda, Chico, Caetano e Satolep.

Filosofia, biologia, música e poesia resumem meus últimos meses.



** Hoje fiquei muito feliz quando fui ao mercado com minha sacola ecológica e as duas pessoas depois de mim na fila também tinham suas sacolas, um casal de velhinhos e uma mãe com seu bebê. Devia ter dado um abraço em cada um deles! :D


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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ideologia Consumida

Seja o consumo de eletricidade, roupas, jóias, comida, madeira, doce, salgado, drogas, remédio, gasolina, prédios, gente, água, lixo, festa, inseticidas, álcool, dinheiro, carne.
Consumismo industrial. Ambição de tudo que é exageradamente prazeroso. Descontrole.
(AMO MUITO TUDO isso, sacas? Te liga que “eles” estão tentando te convencer!)

O governo adora esses gastos, afinal, aumentando o consumo, tem mais renda, que precisa de mais produção, que gera mais emprego. O empregado consome ainda mais e então... precisa de mais uma hidrelétrica pra abastecer a nova empresa “parceira” que chegou.
Afinal, o país será uma das novas potências mundiais (?), na natureza pensamos depois.

Para as aspirações da elite se concretizarem, é consumida, também, na mesa das refeições deliciosas de todos os dias, a biodiversidade brasileira que está se esgotando junto com o intelecto humano.

O capitalista selvagem só sabe consumir, parou de pensar.

Sustentabilidade não é utopia. Contudo, não partirá desse governo (e nem dos próximoS) a iniciativa de mudança; os seres de nossa espécie que se salvaram e ainda pensam podem começar a fazer diferente.
Andar mais de bicicleta e “comer” menos indústrias já é um começo, garanto.


... sinto falta do consumo de idéias.